O Grito da Memória
‘Ainda Estou Aqui’, um filme que conquistou o Oscar, vai além de um simples reconhecimento artístico. Ele se torna um grito contra o apagamento da memória, desafiando tentativas de silenciar verdades incômodas da nossa história.
Verdade, democracia e direitos humanos são incessantemente testados, o cinema desempenha um papel vital. Assim como a luta pelos direitos das pessoas com deficiência e das minorias, o filme evidencia questões que muitos preferem ignorar. A arte não apenas denuncia, mas também humaniza aqueles que foram desumanizados pelo poder. É uma lembrança de que não existe futuro sem memória; a justiça plena requer inclusão.
A Conquista e a Resistência
A sociedade que se recusa a reconhecer sua história está condenada a repeti-la. Um país que não protege seus vulneráveis, sejam vítimas da ditadura ou marginalizados, constrói seu futuro em cima da exclusão. O reconhecimento de ‘Ainda Estou Aqui’ é, portanto, um sopro de resistência. Ele encarna a ideia de que lutar por direitos não é apenas um desejo, mas uma necessidade. Aplaudindo essa conquista, reafirmamos nossa recusa em aceitar o esquecimento como um destino. Nessa recusa, reside a verdadeira transformação.