Hoje, você pode ser uma pessoa sem qualquer dificuldade de mobilidade, vivendo uma rotina sem grandes desafios para acessar espaços, exercer sua profissão ou simplesmente se locomover. Mas e amanhã?
Essa pergunta traz uma reflexão: a condição de pessoa com deficiência não é algo que pertence a um grupo restrito e distante da sociedade. Qualquer um de nós pode, de um dia para o outro, precisar enfrentar barreiras físicas, sociais e institucionais. Um acidente, uma doença inesperada ou o envelhecimento natural podem nos colocar nessa realidade.
A vulnerabilidade humana é uma constante. Hoje, você pode caminhar sem pensar nas rampas que não existem nas calçadas, no transporte público inacessível ou nas portas estreitas que limitam a entrada em certos lugares. Mas e se, de repente, essas barreiras se tornarem parte do seu cotidiano? Como seria seu acesso ao trabalho, à educação, à cultura e aos serviços básicos?
A verdade é que a luta das pessoas com deficiência não é sobre “eles”, mas sobre todos nós. A inclusão, a acessibilidade e o respeito à diversidade são pilares que beneficiam toda a sociedade, porque qualquer pessoa pode, a qualquer momento, precisar de um ambiente adaptado.
E se o amanhã trouxer novos desafios? A inclusão que construímos hoje será nossa garantia de dignidade e autonomia. Portanto, lutar por uma sociedade mais acessível e justa não é apenas uma questão de solidariedade, é também uma forma de garantir que, se o amanhã trouxer dificuldades, estaremos todos preparados para enfrentá-las juntos, em igualdade de condições.